A grande maioria dos brasileiros reconhecem seu papel no combate a problemas ambientais e sociais. É o que revela o nosso estudo Sustainability Sector Index (SSI), que identificou o que realmente importa para os consumidores quando o tema é sustentabilidade, como eles se comportam em relação a diferentes questões e como percebem diferente setores. A pesquisa coletou as opiniões de 1.000 consumidores no Brasil.
Os resultados mostram que 81% dos brasileiros afirmam que “pessoas como eu precisam fazer tudo o que puderem para combater a desigualdade social e a injustiça” e 77%, “para combater a mudança climática.”
Mas é interessante notar que, ao mesmo tempo que se sentem responsavéis, poucos brasileiros se sentem confiantes para atuar de forma ativa em relação a questões ambientais e sociais.
Os perfis dos brasileiros em relação a questões ambientais e sociais
O estudo também avaliou as diferentes audiências que as marcas podem atingir e suas diversas atitudes em relação à sustentabilidade, dividindo-as em quatro perfis.
Considerers: É o maior grupo (45%) e concentra aqueles que estão em dúvida se podem fazer a diferença por meio de suas escolhas. Eles tomam medidas para tentar fazer a diferença,– como parar de comprar certos produtos/serviços por causa de seu impacto no meio ambiente ou na sociedade, mas não têm certeza se esse comportamento é suficiente para causar um grande impacto.
No entanto, esse grupo já foi maior: 52% em 2023.
Believers: é o grupo dos que se consideram fortemente influenciados por fatores sociais, e acreditam que suas escolhas mostram ao mundo quem eles são e no que acreditam. No entanto, suas ações não correspondem às suas crenças – eles não estão procurando marcas que compensem seu impacto e não pararam de usar marcas por causa de seu impacto no meio ambiente ou na sociedade.
No Brasil, os believers se mantiveram em 18% nos últimos 2 anos.
Actives: são muito mais propensos a acreditar que podem fazer uma diferença real por meio de suas ações e se consideram pessoalmente afetados por questões sociais e ambientais.
Suas ações correspondem aos seus valores, eles querem fazer mais e estão dispostos a investir seu tempo e dinheiro para apoiar empresas que tentam fazer o bem, como compensar seu impacto.
Esse grupo cresceu de 19% (2023) para 22% neste ano.
Dismissers: Esse grupo representa atualmente 14% dos consumidores (vs. 11% em 2023) e são caracterizados por sua apatia em relação a todas as coisas sustentáveis.
Embora alguns deles se envolvam no básico, dizem que gostariam de fazer mais e tentam comprar produtos embalados de forma mais sustentável, eles não estão interessados em investir seu tempo nem seu dinheiro para realmente mudar seus comportamentos.
É possivel notar que entre 2023 e 2025, os considerers tomaram decisões que os tiraram do cima do muro e os colocaram entre os actives ou dismissers. Em um momento em que temas sociais e ambientais estão presentes no dia a dia dos consumidores, as marcas têm uma oportunidade de dialogar e influenciar de forma genuína com essas pessoas, provocando mudanças positivas para o mundo e para os negócios.
Esse tipo de estratégia é importante é importante porque nem todos os consumidores estão no mesmo ponto em suas jornadas para entender temas sociais e de sustentabilidade. Portanto, é necessário se aprofundar nos diferentes comportamentos desses perfis para que as marcas consigam moldar suas estratégias da melhor forma possível.
Sobre o Sustainability Sector Index (SSI)
O SSI revela as atitudes dos consumidores em relação à sustentabilidade em 42 setores. Esta edição se baseia em entrevistas com cerca de 23 mil consumidores em 22 mercados. No Brasil, foram realizadas 1.000 entrevistas no período de novembro de 2024 a janeiro de 2025. O relatório mostra as percepções dos clientes sobre o desempenho de cada segmento a partir de quatro fatores-chave do marketing: Estratégia, Inovação, Ativação e Impacto.